Reflexão

Se quiser me reconquistar, não tente descobri a razão que te levou a me perder, e sim a razão que me levou a te amar.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Após polêmica, mulher de potiguar Agaciel é nomeada para diretoria geral do Senado

O diretor-geral do Senado, Haroldo Tajra, assinou um ato nomeando a servidora Sânzia Maia, mulher do ex-diretor-geral Agaciel Maia, para um órgão ligado à sua diretoria. Ela assume uma vaga no SIS (Sistema Integrado de Saúde), nove meses após seu marido ter deixado o comando da diretoria sob acusações de irregularidades em sua gestão de 14 anos e a pouco mais de um mês do Senado decidir sobre a demissão dele, que é responsabilizado pela edição dos atos secretos.

Atualmente, Sânzia estava lotada na gráfica, que é considerado berço político de Agaciel, recebendo por mês R$ 3.302,42. A assessoria da Diretoria Geral não soube informar se a movimentação determinada pelo ato nº 4545, de 2009, também envolve um reajuste salarial para a servidora. Segundo a assessoria, Tajra está de recesso e, por isso, não poderia comentar a remoção de Sânzia.

A servidora permaneceu de 1999 até 2008 em uma situação considerada irregular na Casa. Foi nomeada pelo próprio marido para comandar a Secretaria de Estágios, mesmo com a Lei 8.112/90, que trata do Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, proibindo que se mantenha sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil. Ela acabou exonerada da função em 2008 quando o STF (Supremo Tribunal Federal) proibiu o nepotismo nos Três Poderes.

O novo local de trabalho de Sânzia também esteve envolvido nas denúncias de irregularidades contra Agaciel. Em junho, o jornal Folha de São Paulo revelou que desde 1997 o Senado criou três contas bancárias paralelas e deu para Agaciel Maia total liberdade para movimentá-las sem prestar esclarecimentos a ninguém. O saldo delas chegou a R$ 160 milhões. As contas não estão na contabilidade oficial do Senado nem no Siafi.

O dinheiro das contas paralelas saía justamente do desconto feito no salário de servidores da Casa para custear o plano de saúde por meio do SIS. Mas só uma pequena parte desse valor era usada para essa finalidade porque o Senado custeia quase a totalidade das despesas médicas de seus funcionários --a Casa tem orçamento próprio para isso.

Depois da denúncia, o Senado decidiu desvincular da conta única da Casa os recursos do plano de saúde da instituição, anunciando a criação de duas contas bancárias para gerir, exclusivamente, as contribuições.

Fonte: Folha Online

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