A noite desta quinta-feira, dia 1º de julho, foi marcada pelo assassinato brutal de Joelma Elias da Silva, 24 anos. A camareira, mãe de dois filhos, teve a cabeça decepada por seu companheiro, André Wagner Ferreira da Silva, 30 anos. O comerciante informal foi preso por policiais militares na Avenida Moema Tinoco, no bairro Pajuçara, Zona Norte de Natal, minutos após o crime. Ele estava descalço, sem camisa, com o corpo ensangüentado e confessou o crime antes mesmo de ser interrogado.
Os policiais foram informados pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP) que, na Rua Doutor Augusto Cesino de Medeiros, no Bairro Potengi, também na Zona Norte de Natal, uma mulher estava sendo agredida. Eles Imediatamente se dirigiram ao local, e ao chegar, encontraram a mulher morta e sem a cabeça. Ao lado do corpo estava uma faca de cozinha e uma camisa branca, ambas sujas de sangue. A partir daí os PM´s passaram a vasculhar a casa, lixos e quintais vizinhos a procura da cabeça da vitima.
Havia no local uma forte movimentação de populares, alguns que não quiseram se identificar, disseram à polícia que o marido da camareira havia fugido levando a cabeça dentro de uma sacola plástica. O CIOSP mais uma vez entrou em ação, informando a equipe a localização do suspeito. Tomando como ponto de referência um posto de gasolina da Avenida Moema Tinoco, os militares foram ao local. Lá, um homem branco, de estatura mediana, descalço e sem camisa passou a acenar ao ver a viatura.
O homem então se dirigiu até a viatura e, sem que a polícia começasse a questioná-lo, confessou o crime que minutos antes cometera. Indagado a respeito do local onde havia escondido a cabeça de sua companheira, ele prontamente conduziu os policiais até um terreno baldio, localizado à Rua Trovador Mariano Coelho, Loteamento Vilage das Dunas, no Pajuçara. A cabeça realmente estava no terreno, embalada em um saco plástico.
Diante dos fatos e das provas matériais do crime foi dada voz de prisão ao acusado, que foi conduzido a Delegacia de Plantão da Zona Norte e autuado em flagrante por homicídio.
Em depoimento, André Wagner afirmou ser dele a faca utilizada para efetuar o crime, e que a camisa encontrada em sua residência tinha sido usada por ele na ocasião. O crime passional mais chocante deste ano, ainda possui outro agravante. O casal vivia maritalmente a cerca de sete anos e dessa união tiveram dois filhos, uma menina de seis anos de idade e um menino de dois. Eles estavam em casa na hora do crime e presenciaram a morte da mãe.
O assassino possuía uma banca no comércio do Alecrim, onde vendia produtos sem nota fiscal. Ele se diz alcoólatra e recém convertido na religião protestante, e que por possuir esta nova conduta religiosa e social, passara o dia 1º de julho pregando nas ruas do Alecrim. Ao ser perguntado sobre o que o motivou a tirar a vida de sua esposa, ele não consegue atribuir um motivo, apenas responde que chegou em casa a noite e que Joselma passou a lhe perguntar onde estava e a lhe dar conselhos, sem discussão ou agressão, André aplicou um golpe mata-leão na vítima o que a fez desmaiar. Depois foi até a cozinha, pegou a faca e voltou à sala para matar e decepar a companheira. Em seguida pulou o muro do quintal e fugiu a pé.
Além de confessar, André Wagner diz não se arrepender do crime. Ele não possui passagem pela policia.
Foto: Carlos Santos/DN/D.A. Press
Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR com informações da Degepol