Reflexão

Se quiser me reconquistar, não tente descobri a razão que te levou a me perder, e sim a razão que me levou a te amar.

domingo, 11 de abril de 2010

Romário: 'Transei com ela no vestiário do Maracanã'

Irreverente frasista e polemista assumido, Romário viveu intensamente seus mais de 20 anos de jogador profissional. Passou dos mil gols, acumulou títulos e dinheiro suficiente para não ter problemas financeiros hoje - ele garante. Fez desafetos e bem poucos amigos no futebol - como também confessa. O esporte lhe deu fama, prestígio e mulheres, muitas - assinala. E com elas teve experiências incomuns, inusitadas, como revela nesta entrevista exclusiva dada pelo craque na Barra.

O GLOBO: Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?

ROMÁRIO: Tive momentos que guardo com muito carinho. O título carioca invicto com o Flamengo em 1996; a final da Copa Mercosul, com o Vasco, quando vencemos o Palmeiras de virada com três gols meus; o título espanhol com o Barcelona. Mas nada supera aquele momento em que o Dunga me passou a taça de campeão do mundo, na Copa de 94. É o fato mais importante da minha vida profissional, o mais feliz.

E o mais triste?

ROMÁRIO: A maior decepção foi o corte em 98. Aquele momento ali, em que eu sentei para dar a coletiva, foi o momento mais triste da minha carreira.

Na época você ficou magoado com o Zico.

ROMÁRIO: Para mim, o maior responsável pelo meu corte era o Zico. Mas passaram anos e, no ano retrasado, ele veio ao Rio e falou um monte de coisas. Abriu o coração. E uma das coisas que ele falou foi que não teve culpa no corte, e que ficou tudo na conta dele. Disse que eu tinha ficado puto com ele sem razão. A partir dali, tirei da minha cabeça que tinha sido o Zico.

Quem foi o responsável?

ROMÁRIO: Quem me tirou daquela Copa foram o Zagallo, que era treinador, o América Faria, o supervisor, e o maior responsável de todos, o Lídio Toledo, que era o médico. Ele tinha que assumir a porra da posição, e mais uma vez não assumiu.

Pode ter alguma coisa a ver com a Copa de 90, quando você levou Nílton Petroni (fisioterapeuta) para a seleção e ele não gostou?

ROMÁRIO: Pode ser, mas a gente conviveu bem depois daquilo. Até o dia anterior ao corte, o Lídio era quem mais me dava força. Acho que não teve voz ativa. Não bateu na mesa e disse que ia me curar a tempo. Em 94, ele falou isso do Branco...

" Em 98, fiquei de fora por causa do corte; em 2002, a razão foi o Felipão ter acreditado em pessoas que garantiram que eu o traí "

Mesmo tendo sido campeão do mundo em 94, você acha que poderia ter feito mais na seleção?

ROMÁRIO: Eu poderia ter disputado mais duas Copas, em 98 e 2002. Em 98, fiquei de fora por causa do corte; em 2002, a razão foi o Felipão ter acreditado em pessoas que garantiram que eu o traí.

O que aconteceu então?

ROMÁRIO: Houve duas histórias. A primeira, da operação na vista, disseram que não queria ir à Copa América (2001). Na verdade, ia operar mesmo, só que, quando o médico Clóvis Munhoz (do Vasco) me levou a um oftalmologista, o cara falou que eu tinha que operar, mas não havia tanta urgência. Então, fiquei treinando. Quando isso aconteceu, a seleção já tinha viajado.

E a outra...

ROMÁRIO: A outra história foi que eu tinha transado com uma aeromoça antes do jogo com o Uruguai, pelas eliminatórias, em Montevidéu. Aliás, foi o único jogo que fiz pela seleção com o Felipão.

Romário disse que o melhor momento da sua carreira foi o título mundial de 1994 - Cezar Loureiro

Mas você pegou a aeromoça?

ROMÁRIO: Isso foi em 2002 e hoje estamos em 2010. Poderia muito bem falar que tinha acontecido. Mas não aconteceu. Se fiquei de fora da Copa por causa disso, perdi duas vezes. Não fui à Copa e não comi a aeromoça, que era a maior gostosa...

Como foi a sua relação com os técnicos durante a carreira?

ROMÁRIO: Cara, tive muitos problemas com alguns treinadores, mas não tive com outros. Por exemplo, com Cruyff não tive porra nenhuma de problema. Com o Joel, nunca tive problema. Também não tive com Oswaldo (Oliveira), Edinho, Júnior. Com o próprio Parreira...

Mas qual foi o mais difícil, aquele que quase te fez chutar o balde?

ROMÁRIO: Teve o Gílson Nunes, que me cortou da seleção sub-20 antes do Mundial de 85. Ele não foi firme comigo. Confiou num papo de um supervisor. O cara entrou numa sala no hotel em que estávamos concentrados em Copacabana. Eu, Müller e Denílson estávamos realmente mexendo com as meninas que passavam lá embaixo. O tal supervisor deu o flagrante no Denílson e no Müller, pois eu estava no banheiro na hora. No fim, só eu fui cortado da seleção.

E o Vanderlei Luxemburgo?

ROMÁRIO: Foram apenas seis meses de relacionamento. Ali a gente errou por igual. Eu estava voltando ao Rio, tinha sido campeão do mundo. Tinha 28 anos e achava que podia tudo. E o Vanderlei, já naquela época, se achando o melhor técnico do mundo. Ele queria me confrontar. Queria aparecer mais do que algumas pessoas, no caso eu. Tivemos um comportamento egoísta. Ele se prejudicou, eu me prejudiquei e acabamos prejudicando o Flamengo.

E qual foi seu pior treinador?

" Ele não sabia de tática, ele não sabia de técnica, ele não sabia dar uma preleção. Ele se perdia, escalava os jogadores errados "

ROMÁRIO: Cláudio Garcia. Esse treinador é uma merda. Desculpe a expressão, até tinha prometido a minha mulher que não ia falar palavrão, mas não aguento. Era uma merda.

Por quê?

ROMÁRIO: Porque ele não sabia de tática, ele não sabia de técnica, ele não sabia dar uma preleção. Ele se perdia, escalava os jogadores errados.

Você fez amigo no futebol?

ROMÁRIO: Amigo, na minha concepção, é aquele cara que está próximo de você, não precisa nem ser no dia a dia. As pessoas com quem mais me relaciono são jogadores da antiga do Vasco: Mauricinho, Geovani, Paulo Roberto, Lira e também o Mazinho. Hoje tem o Léo Moura, o Leonardo Inácio, o Bruno Reis e o Alex Dias.

É difícil fazer amigo no futebol?

ROMÁRIO: Olha, para ser sincero, amigo mesmo não fiz no futebol. Aliás, Celso Barros foi o único cara que conheci no futebol e virou meu amigo.

Por que é assim?

ROMÁRIO: Porque no futebol as pessoas têm sempre um interesse que você não consegue visualizar de cara. Ninguém procura, na pureza, ser seu amigo. Quando você está em cima, no topo, a maioria das pessoas se aproxima com algum tipo de interesse. Muitos chegaram sem interesse, mas nem por isso se tornaram meus amigos.

Você já brigou com alguma companheiro de time?

ROMÁRIO: Claro. Teve aquela briga com o Andrei (zagueiro do Fluminense) dentro de campo contra o São Paulo. Também sai na porrada com Júnior Baiano, Jorge Luís, Ronaldão, Sávio e Edmundo...

Saiu no tapa com todos eles?

ROMÁRIO: É. Com o Edmundo nunca foi de mão, não.

Como foi a briga com o Sávio?

ROMÁRIO: Eu o empurrei, dei um tapa nele e ficou por isso mesmo. Com Jorge Luís, briguei no vestiário. Também foi assim com Júnior Baiano e com o Ronaldão... Só arrumei porrada ruim para mim: Jorge Luís, Júnior Baiano, Ronaldão (risos), esses são os caras...

E qual a razão destas brigas?

ROMÁRIO: Estresse, cabeça quente. Nem sei se todas foram depois de derrota. Mas hoje com certeza não faria. Se você perguntar se me arrependo, a resposta é não. Não me arrependo de porra nenhuma. Mas hoje não faria. A cabeça é outra.

Já saiu no tapa com treinador?

" Cara, uma vez o Evaristo de Macedo me chamou para porrada dentro do vestiário do Maracanã. Não fui porque eu ia matar ele de porrada "

ROMÁRIO: Cara, uma vez o Evaristo de Macedo me chamou para porrada dentro do vestiário do Maracanã. Não fui porque eu ia matar ele de porrada.

E como terminou?

ROMÁRIO: Falei para ele se adiantar. Hoje, é meu amigo. Foi bom treinador, uns dos poucos bons treinadores que tive.

E por que o Evaristo quis brigar?

ROMÁRIO: Agora, não me lembro. Acho que foi alguma coisa que ele falou e eu rebati. Gostava dele. Este problema nos aproximou. Éramos muito francos um com o outro. Ele me xingou muitas vezes e eu xinguei ele também. Mas sem faltar com respeito... (risos)

E como foi que você se aproximou do Eurico Miranda?

ROMÁRIO: Conheci o Eurico quando estava subindo para o time de cima do Vasco. Fui cobrar um dinheiro e ele perguntou se eu estava achando que ele não ia me pagar. E fez um cheque e me deu. Rasguei o cheque e mandei enfiar naquele lugar. Disse que não queria dinheiro dele. Queria o que era meu, o que o Vasco tinha que me pagar... Depois, ficamos amigos.

Hoje, vocês já não são tão próximos...

ROMÁRIO: É verdade. Nossa relação não é mais a mesma. Mas ainda assim tenho um grande respeito por ele.

E a relação com Zico?

ROMÁRIO: A ação dele contra mim continua na Justiça. Mesmo assim, o Zico teve aquele gesto nobre de ter me convidar para a festa que organiza. A gente voltou a se falar. Quando Bebeto saiu do América, chamei o Edu para o lugar dele. Antes liguei para o Zico, para ver se tinha algum problema. Ele disse que não havia problema algum.

Você jogou por mais de 20 anos e hoje é dirigente. Existe armação no futebol?

ROMÁRIO: Você sempre ouve que tem nego que se vende. Sei que deve ser verdade, tanto que a gente já viu vários jogadores envolvidos com máfia de jogos. Teve também o Peru na Copa de 78, contra a Argentina. Mas que tivesse presenciado, nunca. Se visse, seria o primeiro a falar. O cara vai me vender e eu dando minha vida no campo...

Existe droga no futebol?

ROMÁRIO: Cara, acho que droga está em tudo que é lugar, principalmente no esporte. Portanto, no futebol deve ter também. Eu já vi jogadores atuando contra mim, sempre de times pequenos, com atitude que só se explica se estivessem dopados.

Tipo?

ROMÁRIO: De olho aberto, sem piscar, trincando os dentes, correndo 90 minutos. A bola parada e o cara correndo à toa (risos). Tinha uns que falavam coisas em outras línguas.

Já jogou com alguém drogado?

ROMÁRIO: Juro que não.

Nem com cocaína?

ROMÁRIO: Nunca fiquei sabendo. O que tinha no PSV, no inverno de dez graus abaixo de zero, era uma vodca que era servida nos intervalos. Isso cansei de ver. Tentaram me empurrar várias vezes, mas nunca bebi. Mas já vi jogador com problema de joelho fazer infiltração para jogar, para tirar a dor. Mas não sei se isso é se drogar.

E homossexualismo?

ROMÁRIO: Por incrível que pareça, nunca vi nada ou joguei com alguém que tivesse pinta de viado. Já ouvi gente dizer que fulano é viado. Poxa, mas dizer isso é mole, né?

Você já transou com alguma mulher no Maracanã?

ROMÁRIO: Já, no vestiário.

Como é que pode?

ROMÁRIO: Uma vez acabou o jogo, e tive que ficar para o exame de doping. Era um jogo contra o Corinthians, se não me engano, logo que comecei no Vasco. Demorei muito para fazer o xixi. Quando saí do vestiário, uma namorada minha na época estava me esperando. Aí, voltei para o vestiário do Vasco, para tomar banho. Só tinha a minha roupa e um segurança lá na porta. Transei com ela no vestiário do Maracanã.

De chuteiras, uniformizado?

ROMÁRIO: Não, não, já tinha tomado banho (risos).

Já saiu de concentração para ficar com uma mulher?

ROMÁRIO: Já. Na Copa América da Bolívia (1997), dei uma fugida e sai com uma mulher logo depois do primeiro jogo.

E na Copa de 94, como era?

ROMÁRIO: Em 94, não fugi, nunca sai da concentração sem permissão.

E levar mulher?

ROMÁRIO: Não.

Diziam que a comissão técnica preferia que levassem mulheres para a concentração, para evitar fugas. Era liberado das 20h às 22h.

ROMÁRIO: Havia um estacionamento, que esposa, namorada e amigos iam às vezes. Foram umas, duas ou três amigas minhas da época, mas não houve nada. A gente não transou. Mas se tinha folga, saía mesmo.

O ex-atacante Romário, hoje dirigente do América - Cezar Loureiro

Você já fez sexo em grupo?

ROMÁRIO: Comecei a jogar futebol profissional em 1986, com 20 anos. Até os 28, mais ou menos, fiz uma porrada de coisas. Não acho que fossem coisas erradas, mas hoje não faço mais. Esse negócio de suruba, já participei, mas gostava mais de zoar, da sacanagem, do que de participar de corpo e alma (risos).

Então, é verdade que você gostava de reger?

" Esse negócio de suruba, já participei, mas gostava mais de zoar, da sacanagem, do que de participar de corpo e alma (risos) "

ROMÁRIO: Muitas vezes nem participava de verdade. Ficava só botando pilha (risos).

Por que jogador de futebol faz tudo em bando, inclusive sexo?

ROMÁRIO: O assédio é muito grande. É muito fácil pegar mulher. E algumas gostam deste tipo de coisa. É bom fique claro que isso rola no mundo todo, em todos os esportes. Acho que, como o atleta geralmente faz muita coisa em grupo, acaba fazendo sexo também (risos).

Você acompanhou o noticiário sobre o Vágner Love frequentando a Rocinha, e do Adriano, na Chatuba?

ROMÁRIO: Este é um papo bom. Nasci no Jacarezinho. Aliás, hoje todo mundo chama de comunidade, mas prefiro chamar de favela. Acho mais simpático, mais real. Então é o seguinte: sempre que tiver que ir ao Jacarezinho, eu vou. Não tenho mais família lá hoje, mas tenho amigos. Não vou tanto, mas de vez em quando jogo uma pelada lá. Quando quero ouvir um funk, pego os meus amigos e vou ouvir uns funks na favela. Agora, só falo por mim. Eu não bebo, eu não fumo, eu não cheiro, eu não pego em armas de bandido.

O que fizeram é errado?

ROMÁRIO: Não posso falar nada sobre eles. Não acredito em muita coisa que sai na imprensa. Tanto é que tenho certeza de que não vai dar em porra nenhuma.

Quando você vai a favela tem alguma preocupação?

ROMÁRIO: Na hora em que saio do carro, não vai ter padre me esperando, não; nem freira. São os caras que são de lá. O que eles fazem não é problema meu. Ou vocês acham que eu vou pedir para deixarem o fuzil de lado quando se aproximarem de mim? Eu nunca sei quem vai estar me esperando. Mas pode ter certeza, se o cara, com fuzil e cinco pistolas na cintura, pedir para bater uma foto, não tem discussão. Bato dez fotos (risos) e aí eu sei que estas fotos vão parar na internet.

Acha que o Adriano vacilou na história da moto, que estava no nome da mãe de um traficante?

ROMÁRIO: Não sei direito qual é a história e não acredito em tudo o que está no jornal. Oitenta por cento das coisas que saíram sobre Romário nos últimos anos são mentira.

Você acha que jogador tem que dar exemplo, como ídolo?

ROMÁRIO: Quem me conhece sabe que eu sempre falei que não sou exemplo de nada, nem para os meus filhos. Mas como ídolo entendo que tenho que tentar, dentro das minhas possibilidades, fazer as coisas que são maneiras. Agora tem dias, tem horas, que não dá.

Por quê?

ROMÁRIO: Porque antes do ídolo vem o homem. E o jogador é um homem como qualquer outro. O atleta cheirar, fumar, beber muito é ruim. Agora tomar uma cerveja, ficar doidão um dia, claro que pode. Todo mundo pode, por que só o jogador não pode? Isso é uma grande babaquice.

No fim do ano passado, aconteceu de tudo na sua vida. Até preso foi. Como está ela hoje?

ROMÁRIO: Cara, na verdade as notícias que saem não significam que aquilo é a minha vida. Falaram até que andei pedindo esmola, que tive que sair do Golden Green (condomínio em que mora, na Barra da Tijuca) às pressas e ir morar na casa da minha mãe. Hoje, deixo para lá.

Mas, afinal, você está quebrado financeiramente?

ROMÁRIO: As pessoas falam o que vai chamar a atenção, o que vai vender. Dizer que eu estou quebrado vende. Graças a Deus meu dinheiro está bem investido. O que eu ganhei lá fora ficou lá, gasto lá. O que ganho aqui, gasto aqui. Já investi em coisa errada, como no Café do Gol. Me deu prejuízo, assim como no bingo que veio depois do Café do Gol.

Você tem imóveis?

ROMÁRIO: Tenho algumas coisas. O que posso dizer é que a minha vida é tranquila.

O relacionamento com Romarinho e Moniquinha, seus filhos, foi abalado pelo episódio do ano passado, quando você foi preso por causa da pensão?

ROMÁRIO: Claro, que abalou. Não tinha como ser diferente. Afinal, moram com a mãe, né? Mas as coisas vão se ajeitar. Hoje, a Moniquinha tem 20 anos, já é mais adulta, já entende as coisas. O Romarinho tem 15 e até já assinou um contrato de profissional (com o Vasco). Nosso relacionamento não é o ideal atualmente, mas também não precisa ser perfeito. Afinal, todo mundo tem problema. Mas o amor continua, só o que modificou um pouco foi o relacionamento. Não nos vemos mais com tanta frequência. Isso é verdade.

Você e Dunga são bem diferentes, como viraram amigos?

ROMÁRIO: Nós nos conhecemos em 1987 no Vasco. Ali, a gente começou a se respeitar. Eu me lembro que uma vez o time estava levando muito gol e houve uma reunião em São Januário. Roberto e Tita disseram, sem citar meu nome, que havia jogador mais novo que precisava correr mais. Dunga interrompeu e disse que, se o recado era para o Romário, podia deixar que ele (Dunga) correria pelos dois, porque só o Romário é que estava fazendo gol.

E na seleção?

ROMÁRIO: Nossa relação era, como se diz, papo reto. Mas discutimos várias vezes, um xingando o outro. Mas com respeito.

Como é que você vê o trabalho dele na seleção?

ROMÁRIO: Cara, sou suspeito para falar do Dunga, porque, quando o colocaram no cargo, quase todo mundo foi contra. Me orgulho em dizer que eu sempre acreditei. Ele conhece como poucos a seleção.

E o Ronaldinho Gaúcho?

ROMÁRIO: Cara, se o Ronaldo continuar fazendo o que faz no Milan, e a tendência é que ele melhore na Copa, tem que ir. Ronaldinho já sabe o que é perder uma Copa, o que é ganhar uma Copa. Já passou por tudo. Portanto, se eu fosse o Dunga convocaria. Não podemos esquecer que o Kaká está com pubalgia. Se ele não puder contar com o Kaká, ele tem o Ronaldinho. Se o Kaká não tiver problema, ele terá os dois.

Você acha que o Dunga deveria levar alguém da nova safra?

ROMÁRIO: Levaria o Neymar.

Você é um conhecido frasista. Você se arrepende de alguma?

ROMÁRIO: Não.

E qual a que mais gosta?

ROMÁRIO: As que eu achei mais maneiras foram a do Pelé e a do bobo da corte. Reconheço que estava inspirado.

É ensaiado ou sai tudo na hora?

" Meus planos no América são a longo prazo. Já tive convite para trabalhar em outros clubes. Um aqui no Rio, e outro do Nordeste. Não vou falar quais "

ROMÁRIO: Sai na hora. No lance do Pelé, me perguntaram alguma coisa dele, que tinha falado alguma merda sobre mim. Veio na cabeça e mandei: "O Pelé calado é um poeta". Já a do bobo da corte foi depois de um jogo contra o Olaria. O Edmundo tinha falado umas besteiras no jogo anterior, sobre rei e príncipe. Saiu na hora.

Está gostando de ser cartola?

ROMÁRIO: No início só queria ajudar o América, por causa do meu falecido pai. Tomei gosto, me amarrei e hoje acho que vai virar minha profissão. Meus planos no América são a longo prazo. Já tive convite para trabalhar em outros clubes. Um aqui no Rio, e outro do Nordeste. Não vou falar quais.

Por que Bebeto não deu certo como técnico no América?

ROMÁRIO: Porque a gente fez uma programação para o América chegar em determinada situação na Taça Guanabara e ela não foi atingida. Depois do jogo com o Olaria, quando perdemos para um time inferior, disse a ele que, como responsável, não estava satisfeito. Disse que era melhor a gente continuar amigo.

Você acha justo o Bolsa Copa para os campeões do mundo de 1958, 1962 e 1970?

ROMÁRIO: Demorou. Mas deveria ser para todos os campeões mundiais. Não vou dizer nomes, mas tem companheiros meus de 94 que precisam.

Mas, em 94, os jogadores já ganhavam bem.

ROMÁRIO: Presta atenção: ganhar dinheiro a minha geração ganhou, mas, se for botar no papel, a gente ganhou 20%, do que ganham hoje.

Você sempre se colocou ao lado de Pelé e Maradona...

ROMÁRIO: Claro.

São só vocês três?

ROMÁRIO: Não, tem ainda Ronaldo, Zidane e Zico. Coloco o Zico em último porque não ganhou uma Copa. Ele foi o maior jogador que vi atuando por um clube, mas infelizmente, para ele e para o Brasil, não ganhou Copa. Vamos fazer assim: bota o Pelé num patamar superior.

E o Messi, pode se juntar a este grupo?

ROMÁRIO: Pode, mas depois de julho a gente vê.

Fonte: O Globo

O homem

Um cientista vivia trancado em seu laboratório, procurando respostas para os problemas do mundo.
Certo dia, seu filho de sete anos invadiu sua sala, decidido a ajudá-lo. Impaciente, o cientista pediu que o filho fosse brincar em outro lugar, no entanto, sem sucesso.
Então procurou algum objeto que pudesse entreter a curiosidade do menino, logo encontrando o mapa-múndi impresso na página de uma revista.
Recortou o mapa em vários pedaços, pegou um rolo de fita adesiva e entregou tudo ao filho, dizendo:
- Você gosta de quebra-cabeças?
Então vou lhe dar o mundo, todo quebrado, para consertar. Veja se consegue fazer tudo direitinho.
Calculou que a criança levaria dias para recompor o mapa.
Porém, algumas horas depois, ouviu a voz do filho:
- Pai, pai, já fiz tudo. Consegui terminar tudinho!
Incrédulo, o cientista levantou os olhos de suas anotações, certo de que veria uma mapa sem sentido. Mas, para sua surpresa, o mapa estava completo, com tudo em seus devidos lugares.
- Você não sabia como era o mundo, meu filho. Como conseguiu?
- Pai , eu não sabia como era o mundo, tentei consertar, mas não consegui.
Mas quando você tirou o papel da revista para recortar, eu vi que, do outro lado, havia a figura de um homem. Então lembrei disso, virei os recortes e comecei a consertar o homem que eu sabia como era. Quando consegui consertar o homem, virei a folha e vi que havia consertado o mundo.

www.velhosabio.com.br

Baixa adesão à vacina da gripe suína preocupa Ministério da Saúde

O número de casos confirmados de gripe suína no país chega a 361 neste ano, com 50 mortes. As mulheres são as principais vítimas da doença: 38 óbitos, sendo 32% de gestantes. O boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, com dados até o dia 3 de abril, mostra que a maior parte dos casos está concentrada na região Norte, com 56,2% das infecções. Dos pacientes graves internados, 20% são gestantes.

"Os dados coletados nas unidades sentinela mostram uma tendência de crescimento dos casos da doença nestas últimas semanas", afirma o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Gerson Penna.

Apesar dos números, ainda é baixa a adesão da população à campanha de imunização contra a gripe H1N1. Um balanço do Ministério da Saúde aponta que 12.971.885 pessoas foram vacinadas, desde 8 de março, quando começou a campanha, até as 9h desta sexta-feira (9). O número representa 22,1% do público-alvo estimado para as três primeiras etapas, que é de 58.695.070 pessoas. "A vacina é eficaz, segura. Eu mesmo vou levar meus quatro filhos para serem vacinados amanhã (sábado, 10)", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

O grupo que mais aderiu à à campanha foi o dos trabalhadores de saúde: 93,7% já foram vacinados. O grupo que tem recebido atenção redobrada por conta do número de casos graves e óbitos, o de gestantes, participou pouco da campanha até agora: 41,1% das grávidas se vacinaram, de acordo com cálculo do ministério. Entre doentes crônicos, o porcentual de imunização é de 32,8%. "É claro que esse número preocupa. As pessoas devem procurar postos de vacinação para se proteger", disse Penna.

No sábado (10), todos os 36 mil postos de vacinação deverão estar abertos. Os horários de funcionamento serão estabelecidos pelos governos locais. Devem ser imunizados doentes crônicos com menos de 60 anos, grávidas, crianças de seis meses a dois anos incompletos e adultos de 20 a 29 anos.

Fonte: Epoca

Jogadores que voltaram da Europa contam adaptação do luxo

Roberto Carlos, Vágner Love, Cicinho e Adriano, além de serem jogadores que já passaram pela Seleção Brasileira, também são egressos de clubes de futebol na Europa --e têm certas dificuldades quanto à adaptação dos hábitos e estilo de vida que lá adquiriram.

Adriano, após conquistar o título do Flamengo, viajou a Brasília para audiência com Lula separado da comitiva do time --o "Imperador", como é conhecido pela equipe, optou por um jatinho próprio. Segundo seu empresário, ele também chegou a recusar um cachê de US$ 1,2 milhão porque as gravações da propaganda durariam dois dias.

De volta a São Paulo depois de 15 anos, Roberto Carlos ainda tenta se acostumar com o trânsito --e com o fato de possuir carro próprio (quando jogava no Real Madrid, usava o carro Audi, dado pela montadora que patrocina o clube espanhol).

Outra dificuldade relatada por ele é o fato de que precisa desembolsar dinheiro para comer em restaurantes. Na Europa, a churrascaria que frequentava tinha uma premissa: "era sentar para comer, levantar, ir embora e dizer 'muito obrigado'. Aqui em São Paulo todo mundo cobra, rapaz!", afirma.

O lateral Cicinho, por sua vez, não teve tempo de procurar apartamento quando voltou da Europa --e divide um quarto no centro de treinamento com o goleiro Bosco.

Com televisor, DVD, mesinha com telefone, banheiro e armários, o aposento é diferente da casa de três andares na qual Cicinho morava em Roma, cujo aluguel era 6.000 euros.

Fonte: Folha Online

Concurso da Ufersa tem inscrições abertas até 15 de abril; até R$ 4 mil

Em virtude da não existência de candidatos aprovados no concurso realizado no ano passado, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido está com inscrições abertas para duas categorias profissionais: administrador (nível superior) e para técnico de laboratório na área de física. As inscrições vão prosseguir até o dia 15 de abril, no site: www.ufersa.edu.br/concursos

Para o cargo de técnico administrativo é exigido o curso superior em administração e registro no conselho competente. Ao todo, são disponibilizadas três vagas, sendo uma para o Campus de Mossoró e duas para o Campus de Angicos. A taxa de Inscrição é de R$ 35,00 e as provas marcadas para o dia 2 de maio. O salário é de R$ 2.307,85, mais auxílio alimentação no valor de R$ 304,00.

Já para o cargo de técnico em laboratório de física, a UFERSA disponibiliza de uma vaga para o Campus de Angicos. O candidato deve possuir ensino médio profissionalizante em física ou ensino médio com curso técnico em física. Para o cargo o salário é de R$ 1.509,69, mais auxilio alimentação no valor de R$ 304,00. A taxa de inscrição é de R$ 29,00 e as provas também vão ser realizadas no dia 2 de maio.

Fonte: DN Online

Botafogo supera o Fluminense e faz a final na Taça Rio

Em um jogo emocionante, o Botafogo venceu o Fluminense por 3 a 2, neste sábado, no estádio do Maracanã, e conquistou a classificação para a final da Taça Rio --segundo turno do Estadual do Rio.

Agora, o time comandado pelo técnico Joel Santana aguarda o adversário na decisão do torneio, que sairá do confronto entre Vasco e Flamengo, que se enfrentam no domingo, também no Maracanã.

Como conquistou o título da Taça Guanabara, que corresponde ao primeiro turno do Estadual do Rio, a equipe alvinegra pode faturar o título carioca por antecipação desde que também seja campeã da Taça Rio.

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR

Aposta feita no Paraná leva R$ 46 milhões da Mega-Sena

Uma aposta feita na cidade de Tupassi (PR) ganhou sozinha neste sábado R$ 46,2 milhões do concurso 1.169 da Mega-Sena. Os números, sorteados na cidade de Cafelândia (SP), foram: 01 - 11 - 14 - 23 - 42 - 48.

Outras 179 apostas acertaram a quina e cada uma vai receber R$ 20.500. A quadra teve 12.185 ganhadores, com prêmio de R$ 431 cada um, segundo a Caixa Econômica Federal.

O próximo concurso acontece no dia 14. A estimativa do prêmio é de R$ 19 milhões.

Ônibus de banda potiguar derrapa e cai em barranco

Um dos ônibus do Grupo Fera Produções, de propriedade do cantor e empresário Adones Antonio, tombou e caiu num barranco na madrugada de ontem, próximo a cidade paraibana de Campina Grande.

De acordo informações do Blog Barra Pesada, o acidente aconteceu por volta das 4h. O motorista do veículo perdeu o controle após derrapar em uma curva fechada e acabou batendo numa barreira.

O ônibus transportava integrantes da Banda Feras, com destino a Parelhas, terra de origem do grupo. Na noite anterior, a banda havia feito um show em João Pessoa. Apesar do susto, ninguém ficou ferido de forma mais grave. Apenas o motorista foi atendido, mas já passa bem.

Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR com Blog Barra Pesada

Acari festeja 177 anos de emancipação política neste domingo

A cidade de Acari, na região do Seridó, celebra hoje (11) 177 anos de emancipação política.

Às 6h acontece a alvorada festiva pelas ruas da cidade.

Às 16h será promovida a 8ª Corrida Rústica de Acari.

A programação será encerrada às 19h, com missa em ação de graças, na Matriz de Nossa Senhora da Guia.

A vila com a denominação de Acari foi desmembrada da Vila do Príncipe (hoje Caicó), pela resolução do conselho do governo, em 11 de abril 1833.

Fonte: Blog Robson Pires

"O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período mais difícil da vida de alguém."

Dalai Lama