O surto de casos de infecção hospitalar no Distrito Federal e o surgimento de uma 'superbactéria' já preocupa infectologistas de Natal. De acordo com o infectologista Hênio Lacerda, presidente da Sociedade de Infectologia do RN, o surgimento de bactérias superresistentes "é uma coisa que a gente já vem temendo há muito tempo devido ao uso indiscriminado de antibióticos". Embora não haja indícios de que a bactéria KCP (Klebsiella pneumoniae carbapenemases) tenha chegado ao estado, Hênio faz um alerta à população e aos hospitais de grande porte. "A tendência é que cada vez mais este tipo de bactéria apareça".
Para evitar o surgimento de casos no estado, ele recomenda que todos os hospitais criem ou fortaleçam as centrais de controle de infecção hospitalar, cumprindo rigorosamente o protocolo (espécie de manual) de qualquer procedimento cirúrgico. A super bactéria pode causar pneumonia, infecções na corrente sanguínea e no sistemaurinário. A transmissão ocorre através do contato com secreção ou excreção de pacientes infectados e atinge principalmente pacientes com imunidade baixa.
O número de notificações de infecções provocadas pela superbactéria KPC chegou a 187 no Distrito Federal na última terça-feira. Desse total, 163 foram confirmados e 24 estão sob investigação. Há ainda outros 95 registros de pacientes que podem estar contaminados. Dos 18 óbitos entre pessoas que apresentavam a bactéria, 14 comprovadamente morreram por causa das
complicações decorrentes dela. O surto no DF atinge 17 hospitais - 9 instituições públicas 8 particulares. O primeiro caso de KPC no Brasil foi registrado em 2005, no Recife (PE). Em 2009, contaminou 27 pessoas em Londrina (PR). O primeiro registro ocorreu em janeiro.
O infectologista não descarta a possibilidade da bactéria chegar até o Rio Grande do Norte nem de uma nova bactéria superresistente surgir no estado. "O uso contínuo de antimicrobianos faz com bactérias mais poderosas apareçam. No anopassado, a própria Sociedade de Infectologia chamou a atenção para o consumo indiscriminado por parte da população e para a falta de rigor na prescrição dos antimicrobianos nos hospitais".
Para evitar um surto de casos de infecção hospitalar no RN, Hênio recomenda que o estado crie uma política de controle de infecção hospitalar e reforce o papel do controlador de infecção.
Por Andrielle Mendes, especial para o Diário de Natal
Para evitar o surgimento de casos no estado, ele recomenda que todos os hospitais criem ou fortaleçam as centrais de controle de infecção hospitalar, cumprindo rigorosamente o protocolo (espécie de manual) de qualquer procedimento cirúrgico. A super bactéria pode causar pneumonia, infecções na corrente sanguínea e no sistemaurinário. A transmissão ocorre através do contato com secreção ou excreção de pacientes infectados e atinge principalmente pacientes com imunidade baixa.
O número de notificações de infecções provocadas pela superbactéria KPC chegou a 187 no Distrito Federal na última terça-feira. Desse total, 163 foram confirmados e 24 estão sob investigação. Há ainda outros 95 registros de pacientes que podem estar contaminados. Dos 18 óbitos entre pessoas que apresentavam a bactéria, 14 comprovadamente morreram por causa das
complicações decorrentes dela. O surto no DF atinge 17 hospitais - 9 instituições públicas 8 particulares. O primeiro caso de KPC no Brasil foi registrado em 2005, no Recife (PE). Em 2009, contaminou 27 pessoas em Londrina (PR). O primeiro registro ocorreu em janeiro.
O infectologista não descarta a possibilidade da bactéria chegar até o Rio Grande do Norte nem de uma nova bactéria superresistente surgir no estado. "O uso contínuo de antimicrobianos faz com bactérias mais poderosas apareçam. No anopassado, a própria Sociedade de Infectologia chamou a atenção para o consumo indiscriminado por parte da população e para a falta de rigor na prescrição dos antimicrobianos nos hospitais".
Para evitar um surto de casos de infecção hospitalar no RN, Hênio recomenda que o estado crie uma política de controle de infecção hospitalar e reforce o papel do controlador de infecção.
Por Andrielle Mendes, especial para o Diário de Natal
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