O soldado da Polícia Militar do Distrito Federal que acusou o ministro dos Esportes, Orlando Silva, de participar de desvios de recursos do ministério, chamou-o neste domingo (16) de "bandido", em mensagem postada em seu blog na internet.
João Dias Ferreira disse que tem como provar as acusações que fez à revista "Veja".
"O que falei pra revista está devidamente gravado e será apresentado às autoridades competentes."
Numa mensagem dirigida ao ministro, Ferreira afirmou: "Você está equivocado, eu não sou bandido, bandido é você e sua quadrilha que faz e refaz qualquer processo do ministério de acordo com sua conveniência e você sabe muito bem disso!"
O soldado da PM, que em 2006 foi candidato derrotado a deputado distrital pelo PC do B em Brasília, também fez uma ameaça à direção nacional do partido, que ontem soltou uma nota em apoio ao ministro.
"Sugestão: era bom o PC do B nacional ficar calado antes de sair em defesa do Orlando sumariamente."
Em entrevista publicada ontem pela "Veja", o soldado Ferreira afirma que Orlando Silva tinha participação direta num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que distribui recursos a ONGs para projetos de incentivo à prática de esportes por jovens.
Ferreira citou como suposta testemunha das irregularidades um funcionário de sua rede de academias de ginástica, Célio Soares Pereira. Ele afirmou à "Veja" ter entregue dinheiro ao próprio ministro na garagem do ministério, em Brasília, no final de 2008.
Localizado ontem pela Folha, Pereira confirmou o teor das suas declarações à revista, mas preferiu não conceder entrevista.
Ferreira foi preso em 2010 pela Polícia Civil do DF sob suspeita de envolvimento no desvio de recursos do mesmo programa. Segundo nota divulgada ontem pelo ministro para se defender do conteúdo da reportagem da "Veja", atualmente o ministério "exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje".
Ferreira presidia uma entidade de kung fu que recebeu recursos do ministério nas gestões de Agnelo Queiroz, hoje governador do DF, e Orlando Silva.
Na manhã deste domingo, Ferreira também afirmou em seu blog ter sido procurado na última sexta-feira, um dia antes da publicação da reportagem em "Veja", pelo secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser Gonçalves.
"E se tu [Orlando] não deves nada, porque [sic] mandou seu secretário nacional Ricardo Leiser [Leyser] tentar me localizar na sexta-feira, quando soube da matéria, o que ele queria comigo? Fazer mais um daqueles acordos não cumpridos?"
Leyser rebateu a denúncia de Ferreira e afirmou à Folha, por telefone, que viajou na quarta-feira para Guadalajara, no México, onde ocorrem os Jogos Pan-Americanos. "Em primeiro lugar que eu não estava lá [em Brasília], então não poderia ter ido procurá-lo. E depois que eu nem sei quem ele é, não sei como achá-lo, nunca tive contato com ele", disse.
Leyser também disse que nunca atuou em nenhum contrato ligado às entidade de Ferreira. "Alguma coisa está errada. Assim como em relação às denúncias, ele não tem nenhuma prova que eu o procurei. Se ele diz a verdade, então poderia mostrar os registros que recebeu uma ligação internacional".
Ferreira não explicou, em seu blog, como teria sido a suposta tentativa de localizá-lo, se por telefone ou pessoalmente.
Numa outra mensagem postada neste domingo no blog, Ferreira insinuou que novas denúncias poderão vir a público. "Não sei por que tanta gente aflita, desesperada, 'as coisas' nem começaram ainda!", escreveu o soldado.
OUTRO LADO
O ministro Orlando Silva classificou as acusações de que comanda um esquema de desvios na pasta como uma "trama farsesca".
"Estou sereno, mas indignado diante de tamanha agressividade", disse em entrevista coletiva no início da tarde deste sábado (15), em Guadalajara, onde acompanha os Jogos Pan-Americanos.
Orlando Silva afirmou que já acionou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Polícia Federal investigue o esquema relatado.
RUBENS VALENTE
RENATO MACHADO
Fonte: UOL
João Dias Ferreira disse que tem como provar as acusações que fez à revista "Veja".
"O que falei pra revista está devidamente gravado e será apresentado às autoridades competentes."
Numa mensagem dirigida ao ministro, Ferreira afirmou: "Você está equivocado, eu não sou bandido, bandido é você e sua quadrilha que faz e refaz qualquer processo do ministério de acordo com sua conveniência e você sabe muito bem disso!"
O soldado da PM, que em 2006 foi candidato derrotado a deputado distrital pelo PC do B em Brasília, também fez uma ameaça à direção nacional do partido, que ontem soltou uma nota em apoio ao ministro.
"Sugestão: era bom o PC do B nacional ficar calado antes de sair em defesa do Orlando sumariamente."
Em entrevista publicada ontem pela "Veja", o soldado Ferreira afirma que Orlando Silva tinha participação direta num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que distribui recursos a ONGs para projetos de incentivo à prática de esportes por jovens.
Ferreira citou como suposta testemunha das irregularidades um funcionário de sua rede de academias de ginástica, Célio Soares Pereira. Ele afirmou à "Veja" ter entregue dinheiro ao próprio ministro na garagem do ministério, em Brasília, no final de 2008.
Localizado ontem pela Folha, Pereira confirmou o teor das suas declarações à revista, mas preferiu não conceder entrevista.
Ferreira foi preso em 2010 pela Polícia Civil do DF sob suspeita de envolvimento no desvio de recursos do mesmo programa. Segundo nota divulgada ontem pelo ministro para se defender do conteúdo da reportagem da "Veja", atualmente o ministério "exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje".
Ferreira presidia uma entidade de kung fu que recebeu recursos do ministério nas gestões de Agnelo Queiroz, hoje governador do DF, e Orlando Silva.
Na manhã deste domingo, Ferreira também afirmou em seu blog ter sido procurado na última sexta-feira, um dia antes da publicação da reportagem em "Veja", pelo secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento do ministério, Ricardo Leyser Gonçalves.
"E se tu [Orlando] não deves nada, porque [sic] mandou seu secretário nacional Ricardo Leiser [Leyser] tentar me localizar na sexta-feira, quando soube da matéria, o que ele queria comigo? Fazer mais um daqueles acordos não cumpridos?"
Leyser rebateu a denúncia de Ferreira e afirmou à Folha, por telefone, que viajou na quarta-feira para Guadalajara, no México, onde ocorrem os Jogos Pan-Americanos. "Em primeiro lugar que eu não estava lá [em Brasília], então não poderia ter ido procurá-lo. E depois que eu nem sei quem ele é, não sei como achá-lo, nunca tive contato com ele", disse.
Leyser também disse que nunca atuou em nenhum contrato ligado às entidade de Ferreira. "Alguma coisa está errada. Assim como em relação às denúncias, ele não tem nenhuma prova que eu o procurei. Se ele diz a verdade, então poderia mostrar os registros que recebeu uma ligação internacional".
Ferreira não explicou, em seu blog, como teria sido a suposta tentativa de localizá-lo, se por telefone ou pessoalmente.
Numa outra mensagem postada neste domingo no blog, Ferreira insinuou que novas denúncias poderão vir a público. "Não sei por que tanta gente aflita, desesperada, 'as coisas' nem começaram ainda!", escreveu o soldado.
OUTRO LADO
O ministro Orlando Silva classificou as acusações de que comanda um esquema de desvios na pasta como uma "trama farsesca".
"Estou sereno, mas indignado diante de tamanha agressividade", disse em entrevista coletiva no início da tarde deste sábado (15), em Guadalajara, onde acompanha os Jogos Pan-Americanos.
Orlando Silva afirmou que já acionou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que a Polícia Federal investigue o esquema relatado.
RUBENS VALENTE
RENATO MACHADO
Fonte: UOL
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