
Este é o terceiro ano consecutivo em que o Enem tem problemas como vazamentos de dados pessoais, furto de provas, erros de impressão, além de modificações na data do exame. De acordo com o senador, os sucessivos escândalos envolvendo o Enem e o Ministério da Educação contribuem para o descrédito e desinteresse das universidades brasileiras de incorporarem o exame ao processo seletivo de ingresso de estudantes no ensino superior.
“Erros se repetem pelo fato de não haver punição. É preciso que se cobre responsabilidade de quem tem responsabilidade. Esses erros repetidos estão dando o descrédito do processo nas universidades brasileiras e, consequentemente, causando um desperdício do dinheiro público, que está sendo gasto de forma mal feita”, criticou.
Desde 2009, quando o Enem foi escolhido para substituir o vestibular, havia uma grande expectativa quanto à melhoria da entrada de jovens na faculdade. No entanto, o que era para ser seguro e ágil, passou a ser fraudulento e burocrático. “Temos que denunciar o mal feito e cobrar resultados. Ao invés de ficar nessa querela, o MEC deveria instalar um processo de apuração para encontrar o erro dentro de casa. O ministro da Educação, Fernando Haddad, tem que entender que está prejudicando milhares de jovens brasileiros, erro que é repetido ano após ano”, frisou Agripino.
Vazamento de dados
O MEC reconheceu que as questões do último Enem saíram de um pré-teste aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) no Colégio Christus no ano passado, mas acusou os professores do colégio cearense de serem os responsáveis pelo vazamento ilegal.
Mesmo que algum professor tenha distribuído o material ilegalmente, é preciso deixar claro que a responsabilidade em garantir uma organização e uma fiscalização adequada do exame como um todo é do Ministério da Educação. E o responsável pelo exame sempre será o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inpe), autarquia do MEC, que teve seis presidentes em oito anos.
“O Enem foi algo bem pensando para democratizar oportunidades, mas o cometimento de erros vem prejudicando há muito milhares de estudantes do país. Não dá mais. Quem não pode pagar a culpa da incompetência do ministro são os estudantes. E meu partido vai acompanhar tudo isso com a devida atenção”.
Rominna Jácome
Assessoria de Comunicação
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